Uma história já vivida, um passado-presente.


Nota de abertura: texto originalmente publicado no Facebook, em 13 de junho de 2019, a caminho de Londrina - PR.

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Daqui de cima eu observo o mundo, o horizonte, as nuvens, o céu. É como se eu entrasse em contato com o divino e ele quisesse me dizer algo.

Todas às vezes é do mesmo modo, ao olhar para o horizonte, um misto de sensações me toma, uma mistura de melancolia e emoção. Sinto vontade de chorar. Chorar pelo adeus, pela gratidão que sinto dentro de mim, pelas lembranças que levo comigo, pelos curativos ainda vigentes, por uma história que ainda não vivi, pelo menos não nessa vida.

Meu espírito é velho, tenho certeza disso. Eu me sinto cansado, cansado de tanta coisa, mas ainda há um desejo louco de querer descobrir aquilo que eu já sei e que eu já vivi. Vivo uma história já vivida, aventuras e momentos passado-presente. Eu tenho a alegria de poder reconstruir a minha história, com pequenos relances de um futuro-passado me guiando.

Deus está comigo, Ele sempre está comigo. A sua presença é uma constante em minha vida. Ele sabe de mim, sabe de tudo, sabe do meu futuro, do futuro dessa vida presente. Vez ou outra, Ele me ajuda a aliviar a angústia e ansiedade que moram comigo. Eu vivo querendo mais, saber mais, viver mais, produzir mais. Meu espírito é velho, mas ainda lhe resta uma tamanha vitalidade que às vezes, confesso, é difícil conter, lidar com ela. 

Eu choro por um futuro que é meu, mas que já foi de outro alguém. Medo de um futuro incerto que, na verdade, já está delimitado. Deus me guia pelas veredas e me dá forças para entender que não preciso saber de tudo, apenas viver, viver sem limitações, na base da fé e do amor.

É a minha fé que me sustenta e o amor depositado em mim. Um amor tão quentinho que nas noites frias me acalenta, nos momentos de ansiedade me acalma e me faz acreditar em dias melhores.

Vivo em uma constante articulação entre futuro e passado. Eu sinto que já vivi essa vida, já conheci as pessoas que conheço hoje, já chorei pelos mesmos motivos, já vivi os mesmos desamores. E com isso, sinto medo, medo de errar de novo ou de não conseguir corrigir os erros do passado, um passado constituído de meu presente. 

Eu me perdi. Sinto a minha falta me sufocar. Às vezes não sei se sou eu que escrevo, que falo... É como se eu não tivesse controle das coisas. Eu sei de minha missão, mas às vezes dói ter que seguir, viver uma história que eu já vivi, e, nessa altura eu fujo, corro, grito, mas sempre no fim me encontro perante um espelho, olhando-me e relembrando o que devo fazer nessa vida. 

Isso não é prisão! Nunca será! Eu só preciso entender que alguns demônios precisam ser vencidos, que existem pessoas esperando por mim, que eu preciso divulgar a mensagem maior que é o amor de Cristo, não pela fala, mas pela minha carne de pé.

Eu queria algo inédito, algo só meu, sabe?! 

...

Viva o hoje, não sobreviva, não se limite, ame, faça o bem para o outro e para si, se ame, vença os carmas e seus demônios, você precisa disso!

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